Tradicional feira marca a cultura imperatrizense
O Mercadinho e os seus personagens
Ana Lectícia Bandeira
Ângela Lima
Déborah Costa
O Mercadinho é a feira mais conhecida das 12 espalhadas por Imperatriz. As feiras são sempre uma boa opção para quem quer fazer economia, além de encontrar produtos com certa facilidade. Em Imperatriz, além dos pontos cadastrados pela prefeitura, há outros que funcionam somente aos domingos sem registros.
Há quatro décadas, Edilene Lúcio, 61 anos, chegava pela primeira vez ao Mercadinho para trabalhar e desde então é onde mantém seu sustento. Mas o que a Dona Edilene vende há tanto tempo? Ela se mantém da venda de remédios naturais e peças artesanais. De domingo a domingo ela não trabalha sozinha, conta com a ajuda de sua filha. Ah, só lembrando que Dona Edilene não quer largar nunca mais sua profissão.
Organizar mercadorias, acordar cedo, montar a barraca. Suportar o cansaço, sol, chuva, mas acima de tudo, se adaptar a cada estação e receber os clientes sempre com muita alegria e atenção em busca de atender o interesse específico de cada um deles. A rotina dos feirantes do Mercadinho pode ser difícil, mas também é um trabalho prazeroso e divertido.
Edilene vende peças de couro e nunca mais quer largar essa profissão. (foto: Ana Lectícia Bandeira)
Essa é a opinião da Ana Carolina, 32 anos, que há seis comercializa frutas e legumes no Mercadinho para sustentar a família. “Esse trabalho envolve todo mundo da família: meu marido, minha mãe, irmão, sobrinho. Daqui tiramos nosso sustento e nunca pensamos em largar, pois é muito gratificante trabalhar por conta própria”, diz.
Ana Carolina conta que toda família está envolvida no negócio da barraca. (foto: Ana Lectícia Bandeira)
Seu Vandi, como é conhecido no Mercadinho, trabalha na feirinha há seis anos. Vende laranjas no atacado e varejo, consegue sustentar a família e ajudar a filha a se formar na faculdade de Direito. Segundo ele, outros feirantes abrem seus estabelecimentos e montam suas bancas bem cedo, às 5 horas ou 6 horas da manhã e preferem ir para a feira a ficar em casa fazendo os trabalhos domésticos ou envolvidos em outro serviço.
Seu Vandi ajuda a filha a se formar em Direito com a venda de laranjas. (foto: Ana Lectícia Bandeira)
É como diz a Dona Raimunda Rodriguez, que vende produtos naturais há 32 anos. “Trabalho também em uma escola, mas aqui na feira venho todos os dias bem cedo. Acordo às 3 horas da manhã e, no máximo 5 horas, já estou aqui. Não ligo em acordar cedo, porque depois de tanto tempo fazendo a mesma coisa a gente acostuma”, afirma.
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