A árvore de um sonho coletivo
Yara Medeiros
A colagem com Carmem Miranda já estampava o espírito da proposta: liberdade criativa e respeito às ideias dos participantes. Foi assim que o projeto do fanzine Sibita chamou a comunidade acadêmica da UFMA para sonhar com uma publicação impressa. Isso foi lá em 2014 e quem aceitou o convite sonhou e realizou.
Mas como organizar as ideias de 17 pessoas interessadas? O primeiro passo foi responder a pergunta que fiz pra turma:
“Qual o seu sonho para uma revista sobre a cultura de Imperatriz?”
Cada estudante representou seu desejo em uma palavra exposta em uma colagem. Os sibiteiros fundadores construíram então a Árvore dos Sonhos.
Todo mundo botou a colagem na árvore. Eles sonharam com páginas culturais cheias de comida, música, entrevista, dicas, raça, ficção, poesia, ilustração, linguagem, movimentos jovens e sociais, jogos, lendas, cinema e história.
Esse é um passo da Oficina de Futuro, metodologia criada pelo Instituto Ecoar para a Cidadania para produção de projetos coletivos. É uma ferramenta para dar voz, criar pertencimento e materializar as ideias de várias pessoas.
A inspiração veio de uma grande “Árvore de Sonhos”, construída na Rio-92, na qual as pessoas podiam deixar registrado o seu desejo para o futuro do planeta. Assim, sonhando, começou este projeto de revista, primeiro impresso e agora nas redes.
Os conteúdos das colagens deram origem ao corpo principal do projeto editorial e ideias para seções. O grupo então plantou a árvore de intenções, depois ganhou um mascote, produziu seis edições artesanais e agora pode voar para qualquer lugar.
Para gerar este site a Oficina de Futuro também foi realizada. Mas esses bastidores a gente conta depois.
O Número 0 do Sibita, feito por essa turma da foto, tá lá na seção Fanzine.
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