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Um rolê cultural pelo centro

Quatro lugares com a marca policultural de Imperatriz


Lucas Lima

Renata Coelho


Comportamentos, tradições, formas de existir. Afinal, o que é cultura? Em uma cidade do interior, como Imperatriz, mesmo com 260 mil habitantes e 170 anos de idade, esse conceito poderia ser limitado, mas não é o que acontece. A chamada Princesa do Tocantins manifesta uma identidade cultural diversificada, estimulada a partir da construção da Rodovia Belém-Brasília, em meados do século XX. A nova via permitiu a ligação do município maranhense com outras influências, germinando um polo multicultural, devido à pluralidade das migrações e imigrações.


O Zine Sibita te convida a tirar os óculos escuros e perceber o quanto somos ricos de “bonitezas” por todo canto. Nas ruas, nas praças, é um “eita diaxo” que não tem fim, mas afinal, o que melhor para representar a nossa cultura se não a nossa forma de falar? Os imperatrizenses raiz te emprestam as lentes para que você possa descobrir um pouco do universo regional.

Foto: João Marcos dos Santos



Panelódromo


Prato feito das tripas e carnes não tão nobres do boi, como o bucho, a tripa e até a pata, a panelada requer bastante tempero. Para dar aquela incrementada, a farinha branca, o limão e a pimenta são elementos indispensáveis. O patrimônio cultural, na sua simplicidade, compõe a realeza gastronômica de Imperatriz.


Antes, as paneleiras estavam mais concentradas na Quatro Bocas, local que deve ser desativado, em acordo com a prefeitura, até o início de 2023. Mas, desde novembro de 2020, o Centro de Comercialização de Produtos Comestíveis Acrízio Xavier da Costa, o popular Panelódromo, virou o ponto ideal para consumir a iguaria, protegendo-se do sol graças às árvores da Praça Tiradentes, no centro da cidade. Os fluxo dos boxes, onde também pode se apreciar outros pratos, como a galinha caipira, o bode assado no leito de coco, ou o assado de panela, não para, sempre tem comida pra quem quer 24 horas por dia.


Endereço: Praça Tiradentes


Foto: divulgação: Okazajo


Teatro Ferreira Gullar


A história do teatro Ferreira Gullar, único da cidade, fundado em 1982, representa a luta dos artistas da cidade, representados pela Associação Artística de Imperatriz (Assarti). O terreno na rua Simplício Moreira só passou para as mãos da entidade depois de uma luta política liderada pela classe teatral, que começou em meados dos anos 1970. O barracão de madeira improvisado só se transformou no teatro com nome de poeta, de verdade, em 1988, quando a prefeitura construiu uma estrutura mais apropriada para sediar eventos musicais e teatrais.


Após uma primeira reforma, em 2002, ganhou mais estrutura, como canhões de luz, refletores e mesa de 24 canais. Esse foi o mesmo ano de fundação da Cia. de Teatro Okazajo, que construiu toda a sua trajetória no local, arrancando gargalhadas da plateia a cada apresentação lotada. Coletivo de multiartistas, a Okazajo aborda os costumes de Imperatriz de forma irreverente e muitas vezes bem polêmicas, como em Mundirela, a Cinderela maranhense, A melhor comédia do mundo e Titanic, da Sumauma ao Imbiral.


Endereço: Rua Simplício Moreira, 1807, centro.


Foto: Edmara Silva


Academia Imperatrizense de Letras

Quer um rolê mais “cult”? Então o ideal é conhecer o prédio histórico da Academia Imperatrizense de Letras, conhecido como Paço da Cultura Sálvio Dino. Lá você encontra uma biblioteca rica em obras de cronistas, romancistas, contistas e ensaístas imperatrizenses, além de explorar jornais clássicos e outros documentos. Não tem forma melhor de conhecer mais sobre a história da cidade, por meio de textos escritos pelos próprios confrades e confreiras regionais. Além de um universo de possibilidades literárias, visitar um prédio histórico, construído na década de 1950, e que já foi sede da prefeitura e da Câmara de Vereadores, é sempre muito interessante.


Endereço: Rua Urbano Santos, em frente à Praça da Cultura.


Foto: Edmara Silva


Centro de Artesanato

O Centro de Artesanato de Imperatriz, inaugurado em 2008 e localizado na rua Urbano Santos, em frente à Praça da Cultura, também é ideal para conhecer um pouco da pluralidade cultural da cidade. Em 29 boxes, cerca de 30 artesãos expõem peças típicas, como as feitas de crochê e algumas mais rústicas, com base em sementes, fibras e cerâmica. São geleias, agendas, bolsas, tapetes, quadros, chaveiros e outros mimos bons para presentear.


Endereço: Rua Urbano Santos, em frente à Praça da Cultura.


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