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Ecos autênticos do rock em Imperatriz

Bandas de rock autorais falam dos desafios no cenário imperatrizense


Elenir Castro

“Se é um sonho, eu não sei.

Mas essa realidade é melhor.

Muito melhor, não quero voltar para a minha.

Aqui me sinto leve como se não existisse gravidade"

Bug Violet - Another dimension


As bandas de rock autoral se destacam não apenas por sua paixão pela música, mas também pela habilidade de criar composições autênticas. Em Imperatriz, as bandas UpperDog e Bug Violet trabalham cada acorde, letra e melodia como uma expressão genuína, refletindo suas experiências, emoções e visões de mundo.


“Eu optei pelo autoral, porque além de já ter várias bandas que tocam covers, eu sempre acreditei que seria mais interessante algo particular mesmo, da banda no geral, para poder expandir mais”, afirma Airton Lemos, guitarrista da banda Bug Violet.


As letras das músicas autorais muitas vezes abordam temas profundos e pessoais. Brenno Ximendes, vocalista da banda UpperDog, explica como os integrantes conseguem adaptar as influências variadas nas composições: “É um processo meio natural, não é uma forma específica. Tem vezes que a gente já chega com a ideia da música pronta. Em outras, por exemplo, a gente está aqui ensaiando, um faz um riff, o outro acompanha a bateria e, quando a gente vê, a música tá acontecendo. Depois a gente grava e tenta fazer a letra por cima.”


Integrantes da banda UpperDog: músicas autorais costumam surgir em ocasiões espontâneas. (foto: Hábner Gabriel)


As bandas de rock autorais geralmente enfrentam desafios para encontrar seu lugar na indústria da música. Eles precisam conquistar seu público, promovendo shows ao vivo, ou divulgando o seu trabalho de forma independente nas redes sociais. “O pessoal não quer banda nova, querem bandas que toquem música dos outros. Não queremos tocar música dos outros, queremos tocar nossas músicas”, comenta o baterista da UpperDog, Rui Guilherme. Airton Lemos, da Bug Violet, sente falta de eventos específicos para divulgar o trabalho das bandas autorais. “O que acontece aqui é que as bandas que tocam autoral, tocam mais nas praças. Até o momento eu não vi nenhum evento”.


Hábner Gabriel, 22 anos acompanha a banda UpperDog e comenta sobre como se sente em relação às músicas autorais da banda: “Sempre influencia, pois geralmente as composições da banda são do nosso psiquê ou de algo que imaginamos ser ‘perfeito’. E isso varia a melodia ser triste ou não”.


Com a ascensão das plataformas de streaming e redes sociais, as bandas independentes têm acesso a um público global e podem mostrar que a música autoral é relevante e inspiradora. Ao abraçar a autenticidade, diversidade de influências bandas como Bug Violet, UpperDog e tantas outras estão seguindo no seu próprio caminho.


Banda Bug Violet se prepara para o lançamento de seu 2º EP, com canções autorais. (foto: Instagram Bug Violet)


Enquanto continuam a desafiar as convenções da indústria musical, estão inspirando uma nova geração de músicos a seguir seu coração nas composições. “Bota quente, cara. O rock’n’roll está fraco das pernas, não está tendo tanto espaço. O negócio é focar mesmo no underground”, estimula o vocalista da Bug Violet, Orlekson Pahed.


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