“Nosso circo é sem lona”
Guilherme Boto aprimorou sua arte se equilibrando nas ruas
Marcela Lima
"Nosso circo é sem lona. Nossa lona é o céu maravilhoso, as estrelas, a lua. A bilheteria é o nosso chapéu", conta o malabarista, equilibrista e palhaço, Guilherme Ferreira dos Santos, mais conhecido como Boto. O maranhense de 30 anos mantém um pequeno circo em uma Kombi e passa meses circulando e levando sua arte para vários estados e até outros países.
Boto é de Imperatriz e vive de circo desde 2012. Fez cursos na área e se especializou em uma escola internacional de circo, no Chile. Aprimorou sua arte nas ruas, com espetáculos em praças, parques e feiras e seu chapéu também aceita Pix. Ele também faz parte da tradicional Trupe de Habilidades Circenses junto aos artistas Cleiton Viana, Leonardo Pires, Luciano Corvex e Sara Osh, grupo formado em Imperatriz em 2010.
Boto gosta de viajar espalhando a alegria do circo. (foto: arquivo pessoal)
Como equilibrista, ele faz corda bamba, monociclo, perna de pau, rola-rola, clavis, música e malabares com fogo e led. Boto também atende outros tipos de evento, como animação de festas de crianças e festas eletrônicas.
“A gente trabalha muito na rua e as pessoas nos ajudam, porque temos que pagar hotel, café da manhã, almoço e janta. Conquistamos o nosso pão de cada dia, aprendendo e evoluindo, no circo e nas ruas, procurando se centralizar em locais carentes da arte”, explica.
Boto tem inúmeras habilidades da arte do circo. (fotos: arquivo pessoal)
O malabarista afirma que intensificou sua circulação pelo Brasil em 2022, junto à sua parceira de trabalho, Samíra Lemes, que também faz malabarismo e arte de rua. "A gente saiu do Maranhão e foi para os Lençóis Maranhenses, para as comunidades ribeirinhas, rurais, indígenas e quilombolas. As pessoas sempre colaboram, seja através do chapéu ou com uma grana, recebendo em casa, com um almoço ou janta. E assim é o circo de rua, o circo da estrada", relata Guilherme.
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