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Universos otaku e do cosplay cultuam o pop japonês

Amizade e união são valorizadas pela comunidade interessada em animes e mangás


Andressa Keley

Vitor Hugo


Otaku é o termo usado para definir as pessoas que se interessam e consomem a cultura pop japonesa, em especial os animes (desenhos animados) e mangás (histórias em quadrinhos). Uma atividade conhecida dos otakus é a prática do cosplay, em que se vestem como seus ídolos e fazem performances de bandas e personagens japoneses. Também é comum a obsessão pelos produtos da cultura pop. Todo esse universo pode ser conferido nos dias 20 e 21 de agosto, em Imperatriz, no evento Animacon 10 anos.

A estudante Cynthia Sousa, 19 anos, a princípio não tinha nenhum interesse em fazer cosplay, apenas frequentava eventos com temas e vestimentas da categoria geek, que são os apreciadores de livros, filmes e jogos. Porém, devido à insistência de seu amigo Saulo Gomes, resolveu experimentar a primeira de muitas experiências que teria na sua vida nessa área.

Ela comenta que é uma vivência muito especial e prazerosa. Já na sua primeira atuação cosplay Cynthia recebeu vários pedidos de fotos e reconhecimentos de interessados e fãs do anime. Depois desta experiência, começou a adentrar mais profundamente na categoria. “Parece ser o personagem oficial como se ele tivesse saído de dentro da telinha, criado vida e as pessoas falassem: ‘Oh meu Deus, é tal coisa’. E pedem pra tirar foto”, comenta.

Mas a preocupação com o vestibular tem a afastado de sua paixão por enquanto, como afirmou em entrevista mais recente. "Não tenho feito cosplay, pois exigem tempo e dedicação para algo super elaborado e bonito, sou perfeccionista. Porém, se eu fosse fazer um agora seria das personagens Anya e Yor, do anime SPY X Family", revela


Cynthia Sousa em uma de suas performances de cosplay, representando "Pennywise". (foto: arquivo pessoal)


A estudante Maria Paula, 16 anos, é outra praticante de cosplay e tão apaixonada pelos animes e mangás, que adora a experiência de se vestir como alguns personagens. A prática a ajudou a encontrar amigos em uma comunidade que costuma ser muito unida. “A sensação é ótima, fazer cosplay me ajudou a ser menos tímida”, confessa. Ela diz que gosta de se transformar nos personagens de mangá Kurapika, de Hunter x Hunter e Mikasa, de Attack on titan.


Interação

O cosplay é uma atividade dinâmica e fraterna que ajuda em questões como nervosismo e vergonha. Porém, exige um certo investimento financeiro (alto ou pequeno, dependendo do que se planeja fazer), disposição de tempo e muita criatividade. Levando estes ou algum outro fator mais particular em consideração, há otakus que preferem continuar como apreciadores visuais, sem exercer a atividade.

De qualquer forma, o gosto pelos animes e mangás se tornou uma cultura e um caminho para a socialização. Este universo tem estimulado reunião de debates, grupos de leitura e clubes de filmes, por exemplo.

O estudante Lisnaid Menezes, de 19 anos conta que fez amigos graças aos eventos da área e considera muito bom estar em um ambiente interativo, se divertindo e ampliando os horizontes dessa cultura. “Normalmente pra assistir animes curtos de 12 episódios e dublados”. Ele se lembra de "experiências muito boas", como o cosplay que fez de Tanjiro, de Demon slayer: kimetsu no yaiba, em 2019 e Enderman, ocasião em que fez par com a sua namorada.

O universo dos animes apresenta uma variedade de gêneros e categorias, procurando atender a todos os gostos. Alguns exemplos são: Shounen, Shoujo, Ecchi, Seinen e Josei. É uma atividade multicultural, adaptável a todos os tipos e sem restrição de idade. Ou seja, desde uma criança até um adulto encontrará uma programação própria, específica para sua faixa etária e que chame sua atenção.

Há uma gama de animes conhecidos como: Naruto, Bleach, Dragon Ball, Cavaleiros do Zodíaco, Boku no Hero, entre outros, que são responsáveis por estimular vendas de camisetas, meias, moletons, armas (réplicas não letais) e outros artigos que fazem parte da atmosfera.


Apreciadora de mangás e animes, Maria Paula diz que deixou de ser tão tímida fazendo cosplay. (foto: arquivo pessoal)




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